segunda-feira, 17 de agosto de 2009

A Imprensa Nazista e José Ribamar

Zé Ribamar, nascido em um grande estado da Região Norte de seu país, foi deputado estadual pela primeira vez em 1955, aos 25 anos. Tudo indicava uma grande carreira política. O caminho para se manter no poder foi sempre claro: jogar no time que está ganhando. Passou por vários partidos, como UDN, PDS, ARENA e PMDB.

Após vários mandatos de deputado e de senador pelo seu estado, José Ribamar deu seu maior passo político sendo eleito vice-presidente na chapa de Tancredo Neves, pela frente liberal. Assumindo o cargo principal do país com a triste morte daquele que seria o presidente.

Viu o país sair de suas mãos para mergulhar numa crise econômica e política, criando então o Plano Cruzado e os seus fiscais para o controle de preços e inflação, coisa que meus pais agradecem até hoje, pois neste ano (1986) é que eu vim ao mundo.

Apesar da hiperinflação e as suspeitas de superfaturamento de obras durante o seu mandato, é inegável que Zé Ribamar deixou forte herança, que foi a consolidação da democracia, com eleições diretas para prefeito, eleições para a Assembléia Constituinte, legalização dos partidos políticos, extinção da censura prévia e a promulgação da nova Constituição.

Ora, depois de toda essa emoção, Zé deveria ficar tranquilo e descansar. Mas não se conteve e foi eleito senador, pelo Amapá, e assim representa o estado por mais de 20 anos.

Mantendo a estratégia, esteve ao lado de FHC e hoje está ao lado de Lula e mais uma vez é o presidente do Congresso Nacional.

Com 54 anos de carreira política, sendo o mais antigo do Congresso no momento, Zé acumulou acusações. Citando as mais recentes, temos: (1) recebimento ilegal de auxílio moradia, no valor de R$ 3500; (2) Nomeação do neto para integrar quadro de servidores, por meio de um boletim secreto, entre outros inúmeros casos semelhantes de nepotismo; (3) salário do mordomo da filha, pago com dinheiro do Senado; (4) utilização de verba indenizatória para pagar empresa que organizou os livros de seu acervo pessoal; (5) omissão de casa no valor de R$ 4 MM para a Receita Federal; entre outras como o caso da empreiteira e os apartamentos de luxo em SP.

Aprendi que onde há fumaça, há fogo. Como isso pode ser apenas um ato de propaganda, ao estilo nazista. A propaganda nazista busca explorar mais o sentimento das massas, tentando fazer com elas não pensem muito. Disso, Zé Ribamar, deve entender muito bem, afinal, mesmo com todo o histórico de acusações, continuou se reelegendo, com o apoio da massa amapaense . E ele continua lá. Até os que querem que ele saia, e que podem fazer algo concreto a respeito, estão agindo com má vontade. Como provocar a queda de uma pessoa com 54 anos de casa e notícias interessantes sobre todos aqueles membros do congresso, que ele viu crescer?

Para isso, os fiscais do Zé, que antes verificavam os preços nos supermercados, devem voltar a ativa, juntamente com os eleitores e os descontentes e decepcionados que se espalham por todo o vasto território nacional. Somente a pressão popular fará com que este homem busque sua merecida e tardia aposentadoria. Tenho certeza que o Brasil ficará bem sem ele e ele ficará muito melhor sem tudo isso. Basta que ele aceite que já está muito velho para dar satisfações, muito velho para entender que as antigas práticas secretas já não devem fazer parte de um país que quer, e já é, uma das maiores potências do mundo. Nunca é tarde para assumir os erros e dar uma satisfação decente ao povo que ele deveria representar.

#FORASARNEY

MARTE ATACA

Nenhum comentário:

Postar um comentário