terça-feira, 3 de agosto de 2010

Os Gregos, as paixões e a razão

You know the Greeks didn't write obituaries. They only asked one question after a man died: "Did he have passion?"
O que é preciso para ser bem sucedido na vida? Não no sentido financeiro, mas no sentido da felicidade?
Aparentemente, os gregos acreditavam que era a paixão. Mas como assim paixão?
Ora, quem sou eu para ousar descrever o que seria uma paixão? Porém, nada impede que eu levante algumas reflexões:
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(1) O que faz você sorrir? Ou quem faz você sorrir? A minha pergunta é, por que é que insistimos em ações, atividades, pessoas que nos trazem mais aflição que satisfação?
(2) Aquela paixão de adolescente, pode sim ser passageira, quando conhecemos o amor da nossa vida na quinta-série, mas a paixão pela própria vida deve ser pra sempre. Então por que muitas vezes deixamos de buscar o que é melhor para nós?
(3) Por que é tão difícil ver amigos ou conhecidos fazendo coisas, que, aos olhos das pessoas normais, parecem sem nenhum sentido, mas que no final as tornam cada vez mais felizes?

Paixão, talvez, seja realizar coisas que façam sentido entre o coração e a razão, num perfeito equilíbrio, ou seja, coisas que adicionam valor a própria vida e que fazem o peito arder ao realizarmos. Pensando nisso, como responder as questões acima?
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"Can you imagine no love, pride, deep-fried chicken
Your best friend always sticking up for you, even when I know you’re wrong
Can you imagine no first dance, freeze dried romance, five-hour phone conversation...”
Train – Drops of Jupiter

Apesar das respostas serem óbvias, é claro que o ser humano é muito mais complexo que isso. Não dá para racionalizar a paixão e tentar encontrar uma fórmula que a defina e que resolva todos os nossos dilemas. Porém, isso não nos dá o direito de julgar a ação daqueles mais atrevidos, que apostam alto em paixões mais arriscadas, em busca de uma vida mais extraordinária e diferente do que o mundo considera normal, nem aqueles que procuram algo mais cômodo, menos incertezas, sem grandes emoções. O fundamental é ter em mente que temos o direito de arriscarmos sempre que o coração bater mais forte e de nos arrependermos e termos coragem de voltar atrás, quando não estivermos mais sendo verdadeiros com o que fazemos ou com as pessoas com quem convivemos.

“É bom, as vezes se perder sem ter porquê, sem ter razão. É um dom, saber envaidecer, por si, saber mudar de tom...”
Los Hermanos – Adeus Você

A teoria grega me parece estar caindo em desuso com todas as responsabilidade e cobranças que sofremos no mundo para manter uma vida mais em linha reta. Porém, eu nunca vou abrir mão da paixão que tenho pela vida e de usar meus batimentos cardíacos como um sensor para me indicar o melhor caminho e me indicar quais as batalhas eu devo lutar para buscar o que realmente me completa e me faz feliz hoje. Digo hoje, porque amanha pode ser tarde demais para ir atrás de certas conquistas e realizações. Se bem, que nem todo mundo acha que o "tarde demais" possa existir... mas isso é um assunto para outro post.

“On a summer night in August, backseat of my car. Said I’m trying to get to know you, I took it way too far.
But if I knew then, what I know now, I'd fall in love”
Lady Antebellum – If I Knew Then

E assim retorno a blogosfera, ao lado dos gregos e contra as coisas ordinárias do mundo. "Na ausência de certezas, só nos resta seguir o instinto." (Jonathan Cainer)

MARTE ATACA

2 comentários:

  1. Oi Rodrigo.. adorei o Marte Ataca... muito bom, não conhecia seu blog, mas agora estarei sempre passando por aqui!! abraço Dóris

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  2. A paixão pela vida deveria ser uma constante em nós, concordo!
    Mas tem hora que é difícil, que é mais fácil ficar escondidinho no próprio comodismo...
    Por isso tbm acho que julgar é impossível, cada um tem seus motivos.
    Rodrigo, continua firme no blog, heim?! Cê escreve mt bem. =)
    Beijo, Stéfanie.

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