quinta-feira, 1 de outubro de 2009

O dia em que conheci Hooligan

Ok. Vocês devem estar pensando, quem é Hooligan. Vou contar a história, meio de trás pra frente e assim espero levar vocês a uma conclusão semelhante a minha.
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Imagine-se com a camiseta do Manchester City, caminhando por Manchester, quando de repente, não mais que de repente, você, ao entrar em uma rua escura, se depara com um rapaz, um tanto quanto forte, aparência perturbada , um porrete e a camisa do Manchester United. Qual é a sua reação: (A) Corre na direção contrária; (B) Fingi de morto; (C) Encara e caso dê pau, segura na mão de Deus e vai? Podem me chamar do que quiserem, mas eu corro na direção contrária.

E foi isso que eu fiz. Peguei minhas coisas e fui embora. Tudo bem, que tudo isso não ocorreu na Inglaterra e não se tratava de um torcedor do Manchester United. Na verdade, não tem nada a ver com futebol. Ok! Não tem nada a ver com Hooligans. Exceto que este era o nome do maldito Pitbull, que estava lá me encarando. Sim, isso mesmo, um pitbull chamado Hooligan.
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A situação quase não era inusitada. Estava chegando na casa da amiga da amiga de um amigo, onde estavam 1 casal e uma garota, que chamou 1 amigo meu, que por sua vez estava com mais 5 pessoas em um bar. Ora, 1h da madrugada não me parece uma boa hora para visitas. Porém, convite feito, lá fomos nós, munidos com um violão e uma boa intenção. Ao chegar, além da constatação da festa estranha com gente esquisita, foi notável a 'satisfação' da dona da casa em nos ver. Passamos pelo portão e lá estava ele. Entrando já intimidado, fui interrompido por um grito: "Fica perto de mim! Ele ataca - Hooligan, fica quieto! - relaxa, ele não vai fazer nada".
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Na hora do aperto, o melhor é a projeção conservadora dos eventos. "Ele ataca" está para "ele não vai fazer nada" assim como correr está para encarar. E ali estava me sentindo do time contrário, o time dos seres humanos, ameaçado por aquele olhar daquele animal perturbado. Sério. Você não consegue convencer ninguém que seu pitbull é manso, chamando-o de Hooligan e contando que ele ataca.
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Conclusão, peguei meu violão e retornei a minha casa, aprendendo as seguintes lições: (1) Não podemos trocar o certo pelo incerto, sem que haja alguma informação que forme uma expectativa equilibrada sobre o que pode vir pela frente; (2) se uma menina lhe chamar para qualquer coisa e estiver em companhia de um casal, VÁ SOZINHO; (3) Em situações desconfortáveis, qualquer detalhe pode ser a deixa para abandonar o navio. Pensando bem, thanks Hooligan por sua aparência assustadora.

MARTE ATACA

PS: Top 10 assuntos da semana não serão comentado este mês por falta de assunto mesmo.

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